:: “Alguma coisa está a correr bem” em Portugal ::
Cinco investigadores a trabalhar em Portugal acabam de receber um financiamento de 2.5 milhões de euros da Howard Hughes Medical Institute (HHMI) para utilizarem em estudos de neurociências, parasitologia, envelhecimento e a comunicação entre bactérias.
Karina Xavier e Miguel Godinho Ferreira do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), Luísa Figueiredo do Instituto de Medicina Molecular, e Rui Costa e Megan Carey da Fundação Champalimaud, foram reconhecidos de uma lista internacional de 28 investigadores por serem "futuros líderes científicos", considera a HHMI.
Em entrevista ao Ciência Hoje (CH), Miguel Godinho Ferreira revela que a distinção “é um selo de qualidade” atribuído à sua investigação. “O HHMI reconheceu em mim as capacidades de ser um investigador que pode trazer conhecimento fundamental para a área e por isso estou lisonjeado”, afirma.
Com “tantas notícias más actualmente” este reconhecimento “mostra que alguma coisa está a correr bem” em Portugal. “O investimento tem dado lucro e o próximo passo que o país precisa (como criar riqueza) virá a seguir”, garante.
Neste ponto, o que interessa ao cientista são “as doenças que acontecem durante a velhice”, particularmente o cancro. “Estudo os processos moleculares que dão origem ao cancro e aquilo que me interessa neste momento é tentar perceber porque é que os processos de manutenção do nosso código genético estão a prazo”.
Para isso, Miguel Godinho Ferreira vai poder contar com os 513 mil euros distribuídos ao longo de cinco anos que foram atribuídos a cada um dos cinco investigadores. “A nível de dinheiro é bastante bom, vai permitir pagar a minha investigação e contratar pessoas. Mas mais que isso, vai dar-nos uma confiança para podermos ser mais arrojados e pensarmos mais a longo termo”, refere.
Investimento dá frutos
Outra das cientistas premiadas, Karina Xavier, partilha com o CH que a distinção “é o reconhecimento da qualidade do trabalho” que tem desenvolvido.
Nos últimos anos, a investigadora do IGC e também do ITQB, tem estado a investigar os mecanismos que as bactérias usam para comunicar entre si.
Karina Xavier
“As bactérias produzem e excretam pequenas moléculas químicas, que tal como as moléculas de perfumes, se espalham e são detectadas por outras bactérias na vizinhança. Ao detectarem estas moléculas as bactérias conseguem saber se estão sozinhas ou acompanhadas e se os seus vizinhos são amigos ou inimigos. Com esta informação as bactérias podem actuar em conjunto para por exemplo infectar um hospedeiro (como os seres humanos) provocando doenças, ou então no caso das bactérias benéficas que existem nos intestinos produzir antibióticos para proteger o nosso organismo de agentes infecciosos”, explica.
A investigação de Karina Xavier permitiu identificar uma molécula de comunicação que é importante para a comunicação entre bactérias de espécies diferentes. “Quero agora estudar o papel desta molécula num ambiente de grande importância para a saúde humana, os nossos intestinos e sua flora microbiana”, diz.
E acrescenta: “Os nossos estudos indicam que a comunicação entre bactérias tem um papel importante no equilíbrio da flora intestinal. O nosso objectivo é estudar esse processo a nível molecular, o que pode levar ao desenvolvimento de novas terapias para o controlo da flora intestinal e a recuperação do seu equilíbrio após tratamentos prejudiciais”.
Assim, com o financiamento que recebeu pretende “contratar pessoas para o novo projecto e comprar equipamento para iniciar esta nova linha de investigação”.
Karina Xavier sublinha ainda que a importância deste reconhecimento pela HHMI engloba também o nosso País. “Portugal tem neste momento boas condições para atrair investigadores que foram treinados nos melhores laboratórios do mundo e que agora pretendem desenvolver as suas novas linhas de investigação”.
Segundo a investigadora, nos últimos 15 anos Portugal “investiu muito” na ciência “dando bolsas” a portugueses para obterem formação no estrangeiro. “Nós somos um exemplo de como esse investimento está a dar frutos”, diz.
Fonte: CiênciaH
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Karina Xavier e Miguel Godinho Ferreira do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), Luísa Figueiredo do Instituto de Medicina Molecular, e Rui Costa e Megan Carey da Fundação Champalimaud, foram reconhecidos de uma lista internacional de 28 investigadores por serem "futuros líderes científicos", considera a HHMI.
Em entrevista ao Ciência Hoje (CH), Miguel Godinho Ferreira revela que a distinção “é um selo de qualidade” atribuído à sua investigação. “O HHMI reconheceu em mim as capacidades de ser um investigador que pode trazer conhecimento fundamental para a área e por isso estou lisonjeado”, afirma.
Com “tantas notícias más actualmente” este reconhecimento “mostra que alguma coisa está a correr bem” em Portugal. “O investimento tem dado lucro e o próximo passo que o país precisa (como criar riqueza) virá a seguir”, garante.
Neste ponto, o que interessa ao cientista são “as doenças que acontecem durante a velhice”, particularmente o cancro. “Estudo os processos moleculares que dão origem ao cancro e aquilo que me interessa neste momento é tentar perceber porque é que os processos de manutenção do nosso código genético estão a prazo”.
Para isso, Miguel Godinho Ferreira vai poder contar com os 513 mil euros distribuídos ao longo de cinco anos que foram atribuídos a cada um dos cinco investigadores. “A nível de dinheiro é bastante bom, vai permitir pagar a minha investigação e contratar pessoas. Mas mais que isso, vai dar-nos uma confiança para podermos ser mais arrojados e pensarmos mais a longo termo”, refere.
Investimento dá frutos
Outra das cientistas premiadas, Karina Xavier, partilha com o CH que a distinção “é o reconhecimento da qualidade do trabalho” que tem desenvolvido.
Nos últimos anos, a investigadora do IGC e também do ITQB, tem estado a investigar os mecanismos que as bactérias usam para comunicar entre si.
Karina Xavier
“As bactérias produzem e excretam pequenas moléculas químicas, que tal como as moléculas de perfumes, se espalham e são detectadas por outras bactérias na vizinhança. Ao detectarem estas moléculas as bactérias conseguem saber se estão sozinhas ou acompanhadas e se os seus vizinhos são amigos ou inimigos. Com esta informação as bactérias podem actuar em conjunto para por exemplo infectar um hospedeiro (como os seres humanos) provocando doenças, ou então no caso das bactérias benéficas que existem nos intestinos produzir antibióticos para proteger o nosso organismo de agentes infecciosos”, explica.
A investigação de Karina Xavier permitiu identificar uma molécula de comunicação que é importante para a comunicação entre bactérias de espécies diferentes. “Quero agora estudar o papel desta molécula num ambiente de grande importância para a saúde humana, os nossos intestinos e sua flora microbiana”, diz.
E acrescenta: “Os nossos estudos indicam que a comunicação entre bactérias tem um papel importante no equilíbrio da flora intestinal. O nosso objectivo é estudar esse processo a nível molecular, o que pode levar ao desenvolvimento de novas terapias para o controlo da flora intestinal e a recuperação do seu equilíbrio após tratamentos prejudiciais”.
Assim, com o financiamento que recebeu pretende “contratar pessoas para o novo projecto e comprar equipamento para iniciar esta nova linha de investigação”.
Karina Xavier sublinha ainda que a importância deste reconhecimento pela HHMI engloba também o nosso País. “Portugal tem neste momento boas condições para atrair investigadores que foram treinados nos melhores laboratórios do mundo e que agora pretendem desenvolver as suas novas linhas de investigação”.
Segundo a investigadora, nos últimos 15 anos Portugal “investiu muito” na ciência “dando bolsas” a portugueses para obterem formação no estrangeiro. “Nós somos um exemplo de como esse investimento está a dar frutos”, diz.
Fonte: CiênciaH
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