quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Universidades sobem no ranking internacional da publicação científica

:: Universidades sobem no ranking internacional da publicação científica ::

Portugal coloca sete instituições entre as 700 melhores do mundo e quase todas ganharam posições face ao ano anterior. Entrada da Universidade do Minho é uma das novidades na lista elaborada pela SCImago.


Portugal tem sete universidades entre as 700 melhores do mundo a nível de publicação científica, mais uma do que em 2011. De acordo com o ranking da SCImago, quase todas as instituições nacionais conseguiram melhorar a sua prestação, verificando-se um crescimento constante da produção do sistema científico nacional ao longo de quase a última década.

No top-700 desta lista, a novidade é a entrada da Universidade do Minho, que é aquela que apresenta um maior crescimento entre as nacionais. A instituição de ensino superior sediada em Braga e Guimarães subiu 60 lugares no ranking, passando agora a ocupar a posição 684, mercê da publicação de 4824 artigos científicos.

Na parte alta da tabela estão outras seis universidades portuguesas, sendo que a do Porto continua a ser a melhor. A instituição portuense está em 270.º lugar, 28 acima face à lista de 2011, tendo contabilizadas 11.159 publicações. Seguem-se a Universidade Técnica de Lisboa (que passou de 307.º para 294.º), Universidade de Lisboa (522.º para 511.º) e Universidade de Coimbra (541.º para 531.º). Entre as principais instituições nacionais, a Universidade de Aveiro é a única que não melhora a sua prestação, mantendo a 550.ª posição. Entre as melhores está ainda a Universidade Nova de Lisboa, que ocupa a posição 662, ganhando 27 lugares.

Esta é a terceira vez que a SCImago produz este ranking, que se baseia em dados quantitativos relativos a publicações e citações de artigos, contabilizando os anos 2006 e 2010. Portugal coloca 29 instituições nesta lista, da qual constam 3290 universidades e centros de investigação a nível mundial. Ao todo, os investigadores nacionais publicaram, no período em análise, 70.355 artigos, mais 19 mil do que no relatório do último ano. Se a comparação for feita a uma década, tendo como ponto de comparação a lista de 2009 - que contemplava artigos produzidos desde 2003 -, as instituições nacionais conseguem incluir mais 33 mil publicações científicas na lista.

Para o vice-reitor da Universidade do Minho (UM), Rui Vieira de Castro, estes resultados devem-se a "uma política pública coerente e sistemática de apoio à produção científica que foi levada a cabo nos últimos anos". As universidades mostraram "ser capazes de rentabilizar as condições ao seu dispor", valoriza.

Além de aproveitar a conjuntura favorável a nível nacional, a boa prestação da universidade minhota tem em conta outros dois factores, segundo o vice-reitor. A instituição deu "uma nova centralidade à investigação", fazendo a produção científica ganhar novo peso na avaliação dos docentes. A Universidade do Minho reorganizou ainda a sua estrutura de investigação, extinguindo os centros que apresentavam desempenhos menos positivos e fundindo outros.

Também o reitor da Técnica de Lisboa, a segunda universidade nacional desta lista, mostra-se satisfeito com os resultados. "As instituições portuguesas têm vindo a subir consistentemente neste ranking", sublinha Cruz Serra. Este responsável acredita que os resultados seriam melhores caso as universidades conseguissem ultrapassar o problema da publicação científica que não é contabilizada nesta lista. "Há muitos investigadores que incluem o nome do centro para o qual trabalham nos seus artigos, mas não o da universidade, o que impede a contabilização desses papers", explica.

Cruz Serra aponta também uma realidade que o ranking da SCImago permite aferir. Com a fusão da Técnica e da Universidade de Lisboa, Portugal poderá passa a contar com uma instituição entre as 150 melhores. Se os resultados das duas instituições e do Instituto Tecnológico e Nuclear - que pertence à Técnica, mas surge isolado na lista - fossem somados, totalizavam 17.818 publicações. Esse valor levaria a futura universidade a ser a 131.ª do mundo e a 33.ª melhor da Europa na lista.

Este ranking é liderado este ano pelo Centro Nacional de Investigação Científica, de França, que contabiliza mais de 202 mil publicações no período em análise. Seguem-se a Academia Chinesa de Ciências - que liderava a lista no ano passado -, a Academia Russa das Ciências e a Universidade de Harvard.


Fonte: Público
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