terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Exportação: AICEP vai avançar com portal único e livro branco

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.:: AICEP vai avançar com portal único e livro branco ::.

As empresas portuguesas não se têm portado mal no que às exportações diz respeito e têm sabido enfrentar os desafios, mas poderão fazer muito melhor. O congresso das Exportações, que está a decorrer em Santa Maria da Feira, ainda vai a meio, mas são já muitas as sugestões e desafios que foram apresentados, nos vários painéis sectoriais e transversais, que decorreram em simultâneo. Melhorar o acesso ao financiamento e combater a burocracia estão no topo das prioridades.

Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o organismo que organizou este evento, anunciou a intenção de elaborar um Livro Branco onde estará o retrato de cada um dos sectores e as medidas que são importantes para cada um deles. E prometeu, também, um portal único onde as empresas possam ter acesso a tudo o que está a ser programado e executado em termos de promoção externa e apoios à internacionalização.

Na área das energias renováveis e da mobilidade eléctrica, Alexandre Fernandes, presidente da Adene, relatou que uma das medidas que foram propostas pelos participantes passa pela necessidade de aumentar o peso no PIB que tem a componente de investigação neste sector, e que se situa em um por cento. Na área Florestal, o presidente da Forestis, Carvalho Guerra, relembrou o peso da fileira nas exportações nacionais, para logo de seguida avançar que existe capacidade, no país, de duplicar a actual produção. O presidente da associação de produtores florestais relembrou, ainda, a necessidade de avançar com a certificação florestal de uma forma efectiva e pouco burocratizada.

Na fileira da construção também há muitos mecanismos que podem ser melhorados, nomeadamente no que toca aos incentivos e acesso ao financiamento diz respeito. O presidente da Confederação do Sector, Reis Campos, pediu entre outras medidas, uma redução da tributação dos rendimentos auferidos no exterior, apoios para a participação de concursos internacionais e uma diplomacia económica mais interventiva, e melhoria de aspectos de natureza burocrática e fiscal, como os vistos de trabalho.

A necessidade de aumentar o financiamento a empreendedores com vocação inovadora e exportadora foi sublinhada por Sérvulo Rodrigues, da Bes Ventures. O venture capital "não é panaceia para tudo, só deve investir nos melhores projectos, virados para a inovação e na exportação com valor acrescentado”, defendeu.

Antonio Saraiva, da CIP, sintetizou que o aumento das exportações para novos mercados terá de passar pelo reforço da carteira de bens e serviços, através da clusterização da economia e dos pólos de competitividade. É também necessário, enumerou Saraiva, o reforço contínuo das empresas no investimento, na dinamização de uma rede de inteligência competitiva e no investimento na valorização competitiva do território nacional reforçando portos e logística.

Fonte: Público


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