quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ciência: Governo quer atribuir fundos públicos sob critérios de qualidade

:: Ciência: Governo quer atribuir fundos públicos sob critérios de qualidade ::

A secretária de Estado da Ciência defendeu hoje a necessidade de atribuir os fundos públicos com critérios exclusivos de qualidade e de mais financiamento alternativo, num período de “forte instabilidade económica, social e financeira”.

“É previsível a reduzida disponibilidade de fundos públicos num período de sofrimento económico para o país, a própria alocação de fundos comunitários, que são absolutamente essenciais para o sistema de ciência e tecnologia, está sob forte competição interna”, afirmou Leonor Parreira, no encontro “Ciência 2012: Portugal – Caminhos de Excelência em Ciência e Tecnologia”

Perante este cenário, Leonor Parreira defendeu a necessidade de “otimizar a alocação de fundos públicos com critérios exclusivos de qualidade” e de “procurar ativamente fundos de financiamento alternativos aos fundos nacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)”.

Segundo a secretária de Estado, Portugal capturou, entre 2007 e 2011, 300 milhões de euros do FP7, um programa para o financiamento e internacionalização da investigação, tendo apenas recuperado 65 por cento da sua contribuição para este programa.

O financiamento médio por proposta portuguesa aprovada, no âmbito do FP7, é de 0,33 milhões de euros, um valor cerca de 40% inferior à média de outros países, adiantou.

“Por cada euro do FP7 que Portugal capta de investimento, a Suíça capta 5,3 euros”, ilustrou.

Leonor Parreira assinalou o “crescimento quantitativo muito significativo” da produção científica e tecnológica, apesar do “baixo financiamento” por investigador.

“Este crescimento não foi acompanhado de um investimento equivalente, pelo que Portugal continua ainda com um baixo investimento por investigador quando comparado com outros países de referência”, sustentou.

Destacou ainda o crescimento do número de investigadores e do investimento público, particularmente nas áreas de engenharia e tecnologias.

Relativamente à evolução do financiamento nacional em investigação e desenvolvimento nos últimos anos, a secretária de Estado afirmou que houve um “progresso considerável” da despesa em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) de2005 a2009, ano em que começou a baixar.

“Este aumento da despesa nacional é significativo nos últimos anos (em 2010 foi de 1.59 em percentagem do PIB), mas comparativamente a outros países ainda estamos abaixo da média da Europa dos 15, da OCDE e muito abaixo de outros países de referência”, sublinhou.

Leonor Parreira sublinhou que, se em 2012 houver um “esforço coletivo para uma boa execução” e se essa execução for superior a 95% do total do orçamento aprovado, poderá ser mantido o mesmo nível de investimento no sistema face a 2011.

“É um apelo para a Fundação para a Ciência e Tecnologia e para toda a comunidade científica para um esforço eficiente de execução da própria dotação orçamental”, acrescentou.

Para a secretária de Estado, deve continuar a apostar-se na “transparência e rigor na avaliação para a distribuição de fundos públicos”, na “excelência” de pessoas e instituições e na continuidade na cooperação com organizações internacionais.

Fonte: Dinheiro Digital

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