quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ensino Superior à frente na investigação

:: Ensino Superior à frente na investigação ::

Nos não muito distantes anos 80 do século passado, a década da música electrónica, da cultura pop ou do movimento new wave, que serviu ainda de marco para a invenção do CD-ROM ou para a descoberta da vacina contra a hepatite B, a produção científica nacional não era das mais abundantes, não indo além de 3,1 por cem mil habitantes. Muita coisa mudou desde então. E, em 2010, já num novo século, as contas do trabalho produzido pelos cientistas nacionais eram outras: 120,9 por cem mil habitantes. Um aumento que se acentuou a partir da década de 90 e que não tem abrandado desde então.

E a crescer tem estado também a despesa total em investigação e desenvolvimento (I&D) que, segundo os dados mais recentes, divulgados pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, do Ministério da Educação e Ciência, em 2010 representava 1,59% do PIB nacional.

Embora sejam as empresas que mais investem – 1,2 mil milhões de euros em 2010 –, o ensino superior destaca-se com despesas na ordem dos 1,01 mil milhões, muito superior ao valor gasto pelo Estado que, há dois anos, não foi além dos 197 milhões.

Mais cientistas, mais ciência

Por cá, de acordo com os dados do Pordata, em 2009 contavam-se 44 084 investigadores em actividade equivalente a tempo inteiro, cerca de cinco mil dos quais apostados em perceber melhor o funcionamento de doenças.

São mais os investigadores e estão também mais activos, o que confirma o número crescente de publicações científicas, a solo e em co-autoria com instituições de outros países: passámos de 101 artigos publicados em 1981, para 6941 em 2010.

Ainda assim, os recursos humanos nas áreas da ciência e tecnologia continuam, em Portugal, aquém do desejado. Pelo menos em número. Em 2010, de acordo com os dados do Eurostat, apenas 19,8% da população empregada trabalhava nestas áreas, o que nos torna o país da União Europeia (UE) com piores resultados, muito abaixo da média dos restantes Estados-membros (31%), sobretudo de países como o Luxemburgo (50,8%), a Suécia (41,4%) e a Dinamarca (40,9%), que lideravam o grupo dos 27.

Ao todo, na União Europeia, eram quase 62 milhões as pessoas que se dedicavam à ciência e tecnologia em 2010, cerca de um terço da população activa. No que diz respeito à investigação, os números dão também conta de um crescimento, com 1,56 milhões a trabalharem a tempo inteiro no espaço comunitário, mais quase 446 mil (ou 40%) que no ano 2000.

Em Portugal, é mais uma vez o ensino superior que se destaca, empregando cerca de 30 mil investigadores em 2010. E o Estado volta a ser o sector com sinal menos – pouco mais de 3500 pessoas trabalhavam na área da I&D em 2010.

Podemos ser poucos, mas somos bons, a julgar pelos prémios que têm servido de reconhecimento ao trabalho nacional. E continuamos a crescer. Em 2009, o Eurostat identificava Portugal como um dos três países europeus onde o crescimento na taxa de actividade científica era maior.

Fonte: Destak

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