quinta-feira, 1 de março de 2012

Nova técnica determina origem do vinho

:: Nova técnica determina origem do vinho ::

Garantir a autenticidade geográfica é importante “num contexto de elevada concorrência”

Uma técnica que permite garantir a autenticidade geográfica de um determinado vinho está a ser desenvolvida por várias instituições e empresas portuguesas.

Sofia Catarino, do Instituto Nacional de Recursos Biológicos IP / INIA – Dois Portos, e coordenadora do projecto explicou que “tradicionalmente a avaliação da autenticidade do vinho é realizada por controlo administrativo, apreciação dos principais parâmetros físico-químicos e análise sensorial, abordagem que nem sempre permite retirar conclusões inequívocas”.

A investigadora acredita que a “autenticidade geográfica do vinho assume especial importância no contexto europeu. A circulação de produtos fraudulentos prejudica o comércio do vinho, especialmente num contexto de elevada concorrência e globalização”.

Esta nova técnica utiliza como potenciais marcadores da origem geográfica os “elementos minerais e os isótopos de estrôncio, cuja razão varia com a idade geológica e consequentemente com a região”.

A tecnologia baseia-se na “análise multi-elementar, incluindo os elementos terras raras”(grupo de 17 elementos químicos) “e isotópica, por Espectrometria de Massa com Plasma Indutivo (ICP-MS) para o estabelecimento de padrões regionais e identificação da proveniência geográfica de vinhos portugueses”.

Os modelos baseiam-se em informação obtida no longo do sistema solo, uva e vinho, em três denominações de origem protegidas (Dão, Óbidos e Palmela). A interpretação dos dados é realizada por uma equipa pluridisciplinar nas áreas de ciência dos solos, química analítica, viticultura e enologia.

O projecto “encontra-se em fase avançada de execução”, diz a investigadora. Foram já feitas colheitas de amostras de solos, uvas e vinhos nas DOP com origem em quatro vinhas (das vindimas de 2009 e 2010). Foi também realizada a caracterização geológica e morfológica, amostragem e preparação de amostras, caracterização laboratorial e classificação taxonómica dos solos.


Alguns dos sítios onde foram retiradas amostras
No laboratório foi ainda feita “a optimização de procedimentos de tratamento de amostras e de métodos analíticos para caracterização multi-elementar e dos perfis de terras raras; a caracterização multi-elementar e dos perfis de terras raras dos solos, mostos e vinhos”. Por último foi feita a “optimização de procedimento de separação cromatográfica de Rb e Sr e de método de análise (ICP-MS) para determinação da razão isotópica 87Sr/86Sr”.
Os resultados deste projecto têm sido divulgados de várias formas, nomeadamente em encontros científicos e através de publicações em revistas científicas e técnicas. Destaca-se o trabalho «Rare earth elements data for geographical origin assignment of wine: a portuguese case study», apresentado no 34º World Congress of Vine and Wine (2011).

O trabalho foi já distinguido com o prémio «Best Short Communication» da secção de Enologia, o qual viria a ser publicado, por convite, no «Bulletin de l'OIV». Recentemente, foi publicado um artigo de divulgação na revista «Enologia» (Associação Portuguesa de Enologia). Será ainda apresenrado no próximo mês na«Agrofood iTECH».

Além do Instituto Nacional de Recursos Biológicos, partipam no projecto o Instituto Superior de Agronomia e as empresas Companhia Agrícola do Sanguinhal, José Maria da Fonseca Vinhos e a Sogrape Vinhos.

Fonte: CiênciaH

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