terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

UC produz primeiro medicamento radiofarmacêutico português

:: UC produz primeiro medicamento radiofarmacêutico português ::

O primeiro medicamento radiofarmacêutico português vai ser lançado no mercado no dia 3 de Fevereiro, numa cerimónia a decorrer no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra (UC).

Com o nome de FDG•UC (Fluodesoxiglucose[18F] UC), o fármaco desenvolvido na Universidade de Coimbra através do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), obteve Autorização de Introdução no Mercado (AIM) pelo Infarmed (Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento).
Em entrevista ao Ciência Hoje, o vice-reitor para a área da investigação da UC, Amílcar Falcão, explica que o medicamento desenvolvido é um radiofármaco utilizado como meio auxiliar de diagnóstico fundamentalmente para vários tipos de neoplasias. "É utilizado nos exames PET (Tomografia de Emissão de Positrões), permitindo aos médicos uma avaliação muito precisa do estádio da doença e o planeamento da terapêutica individualizada de acordo com as necessidades dos doentes”.

Segundo o também director técnico do ICNAS Produção, a formulação desenvolvida apresenta várias diferenças em relação às já existentes, “distinguindo-se pela sua qualidade (em cerca de 250 processos de síntese o controlo de qualidade nunca falhou), estabilidade (12 horas contra um máximo de 10 horas conseguidas por outras formulações), fiabilidade (acima dos 97 por cento contra valores que em geral nem os 90 por cento atingem) e rapidez (a preparação do radiofármaco pelo nosso processo demora cerca de metade do tempo por comparação com os processos conhecidos)”.

O medicamento representa ganhos significativos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) porque, até ao momento, Portugal encontrava-se “dependente da importação proveniente da vizinha Espanha”, afirma o especialista. Para além disso, a aprovação do medicamento pelo Infarmed é “um inequívoco sinal da qualidade da formulação e da capacidade de colocar a investigação ao serviço da comunidade”, acrescenta.

Sendo um medicamento radiofarmacêutico, o tempo que medeia entre a sua produção e a sua utilização é um factor crítico. Portanto, agora que é produzido em Coimbra, a duas horas de Lisboa e do Porto, “a perda de radioactividade é muito menor” porque chega aos utilizadores mais rapidamente do que quando a sua proveniência é Madrid ou Sevilha. E como “aquilo que conta para os exames PET é a radioactividade do fármaco, facilmente se percebe que a ‘potência’ do nosso medicamento é maior do que a proveniente dos centros de produção espanhóis”, explica Amílcar Falcão. Assim sendo, “as nossas doses, ao permitirem fazer mais exames, acabam por representar ganhos para o SNS sem qualquer perda de qualidade do serviço prestado aos doentes”, conclui.

A UC tem outros medicamentos preparados para futura entrada no mercado. “O nosso plano estratégico permite-nos antever a entrada no mercado de quatro ou cinco novos medicamentos radiofarmacêuticos nos próximos três anos. Temos em carteira várias moléculas a ser testadas, mas devido à constante procura de novas soluções, a seu tempo iremos apostando naquelas que forem consideradas as opções mais inovadoras e capazes de contribuir para maiores ganhos em saúde”, adianta o investigador.

Fonte: CiênciaH

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