O sector agro-alimentar representa 6% do universo de empresas com o estatuto de PME Líder, reconhecidas pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI). Segundo esta entidade, o seu volume médio de negócio é superior à média do universo – 6,3 milhões de euros, em média, e 2,4 mil milhões de euros no total – e a produtividade por trabalhador supera 50% a média da produtividade das 6500 PME Líder.
As 400 empresas do sector que compõem esse grupo geram 17 mil postos de trabalho, mercê, diz o IAPMEI, “do esforço e do investimento em modernização e racionalização de processos e recursos, marketing e fusão e aquisição de empresas”.
Mas nesta fórmula a inovação e a tecnologia são preponderantes. “A inovação é um factor crítico de sucesso num mercado particularmente competitivo. O sector tem identificado oportunidades de desenvolvimento e diferenciação, com uma preocupação constante de ir ao encontro de necessidades e preferências dos consumidores”, refere o IAPMEI.
Foi nessa perspectiva que a CARM lançou o Touriga Nacional SO2 Free 2010, o único vinho sem sulfuroso produzido em Portugal. Chegar a mercados, como o Japão e a China, foi um dos objectivos da criação do novo produto. A ideia começou a ser fermentada em 2006, recorrendo a um processo patenteado internacionalmente, biológico e adaptado às características da região do Douro.
O projecto de Querença, resultante de uma parceria entre a Universidade do Algarve e a Fundação Manuel Viegas Guerreiro, também partiu de produtos típicos, neste caso algarvios, para criar uma barra energética dirigida a desportistas. Ao projecto já existente aliou-se a cultura desportiva da região e a disponibilidade de uma empresa para lançar a sua produção.
É nesta ligação entre ensino, investigação e mundo empresarial que, na opinião de João Ministro, coordenador do projecto, reside o potencial do sector agro-alimentar. “Nós temos algo que mais ninguém tem. Uma diversidade de produtos agrícolas que podem ser transformados e originar algo diferente com alto valor nutritivo”, afirma. Para o responsável, há excelentes projectos de investigação neste sector, mas é preciso “fazer uma ligação com as universidades, haver uma maior representação lá fora e mais agilidade nos processos de licenciamento”. Uma empresa disposta a investir num produto novo e em época de crise é também determinante. “A empresa viu que o produto pode ter a adesão do mercado. É uma empresa jovem, com uma visão menos conservadora, e isso é importante”, refere ao i.
A ligação às universidades e a inovação fazem parte da política da JMV SA, detentora dos cafés Torrié. Em 2011 ganhou o prémio de Inovação e Desenvolvimento de Produtos e Serviços nos Nutrition Awards (as inscrições para a edição deste ano terminam a 31 de Julho) com a gama de cafés Live It Well. Feita com produtos 100% naturais, demorou anos a ser desenvolvida, resultando de uma investigação interna em parceria com laboratórios e universidades.
Pedro Guerreiro, director de marketing da JMV, explica que, além da inovação, “ter um selo de certificação reconhecido vale muito em termos internacionais”, permitindo diferenciar os produtos num sector altamente competitivo e globalizado. O processo de investigação e de concepção e divulgação da Live It Well custou à JMV 200 mil euros, um investimento que a marca considera estratégico na conjuntura económica do país. “Quisemos ser a marca de café que melhor respondia às preocupações de bem-estar e se não fizermos isto em alturas de crise acabamos por ser apenas mais uma marca de café. O objectivo é ser uma marca diferenciada”, explica.
A visão é partilhada por Celso Madeira, da CARM. “Trabalhamos num mercado maduro e, em alturas de crise, esses mercados são mais frágeis, por isso lançar um produto novo nesta altura é sempre muito bom porque permite chegar a outros destinos.”
Fonte: i
:: QREN: Novo Plano Anual Concursos - 2012 - Datas ::
:: QREN: LISTA DE PROJECTOS APROVADOS - Actualizado a 30 de Junho de 2011 ::
:: QREN: Quadro de Referência Estratégico Nacional ::
:: QREN: Balanço da execução do QREN em 2010 e objectivos para 2011 ::
:: SIFIDE II: Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial II ::
:: SIFIDE: Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial ::
:: SIFIDE: SIFIDE - Principais resultados no período 2006-2008 ::
:: SIFIDE: Resumo Histórico ::
As 400 empresas do sector que compõem esse grupo geram 17 mil postos de trabalho, mercê, diz o IAPMEI, “do esforço e do investimento em modernização e racionalização de processos e recursos, marketing e fusão e aquisição de empresas”.
Mas nesta fórmula a inovação e a tecnologia são preponderantes. “A inovação é um factor crítico de sucesso num mercado particularmente competitivo. O sector tem identificado oportunidades de desenvolvimento e diferenciação, com uma preocupação constante de ir ao encontro de necessidades e preferências dos consumidores”, refere o IAPMEI.
Foi nessa perspectiva que a CARM lançou o Touriga Nacional SO2 Free 2010, o único vinho sem sulfuroso produzido em Portugal. Chegar a mercados, como o Japão e a China, foi um dos objectivos da criação do novo produto. A ideia começou a ser fermentada em 2006, recorrendo a um processo patenteado internacionalmente, biológico e adaptado às características da região do Douro.
O projecto de Querença, resultante de uma parceria entre a Universidade do Algarve e a Fundação Manuel Viegas Guerreiro, também partiu de produtos típicos, neste caso algarvios, para criar uma barra energética dirigida a desportistas. Ao projecto já existente aliou-se a cultura desportiva da região e a disponibilidade de uma empresa para lançar a sua produção.
É nesta ligação entre ensino, investigação e mundo empresarial que, na opinião de João Ministro, coordenador do projecto, reside o potencial do sector agro-alimentar. “Nós temos algo que mais ninguém tem. Uma diversidade de produtos agrícolas que podem ser transformados e originar algo diferente com alto valor nutritivo”, afirma. Para o responsável, há excelentes projectos de investigação neste sector, mas é preciso “fazer uma ligação com as universidades, haver uma maior representação lá fora e mais agilidade nos processos de licenciamento”. Uma empresa disposta a investir num produto novo e em época de crise é também determinante. “A empresa viu que o produto pode ter a adesão do mercado. É uma empresa jovem, com uma visão menos conservadora, e isso é importante”, refere ao i.
A ligação às universidades e a inovação fazem parte da política da JMV SA, detentora dos cafés Torrié. Em 2011 ganhou o prémio de Inovação e Desenvolvimento de Produtos e Serviços nos Nutrition Awards (as inscrições para a edição deste ano terminam a 31 de Julho) com a gama de cafés Live It Well. Feita com produtos 100% naturais, demorou anos a ser desenvolvida, resultando de uma investigação interna em parceria com laboratórios e universidades.
Pedro Guerreiro, director de marketing da JMV, explica que, além da inovação, “ter um selo de certificação reconhecido vale muito em termos internacionais”, permitindo diferenciar os produtos num sector altamente competitivo e globalizado. O processo de investigação e de concepção e divulgação da Live It Well custou à JMV 200 mil euros, um investimento que a marca considera estratégico na conjuntura económica do país. “Quisemos ser a marca de café que melhor respondia às preocupações de bem-estar e se não fizermos isto em alturas de crise acabamos por ser apenas mais uma marca de café. O objectivo é ser uma marca diferenciada”, explica.
A visão é partilhada por Celso Madeira, da CARM. “Trabalhamos num mercado maduro e, em alturas de crise, esses mercados são mais frágeis, por isso lançar um produto novo nesta altura é sempre muito bom porque permite chegar a outros destinos.”
Fonte: i
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