terça-feira, 19 de junho de 2012

Universidade de Coimbra cria aditivo para os solos a partir de resíduos de ovos

:: Universidade de Coimbra cria aditivo para os solos a partir de resíduos de ovos ::

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) liderada por Margarida Quina desenvolveu, a partir dos resíduos provenientes da indústria de ovoprodutos, um aditivo para corrigir solos contaminados por metais pesados. Trata-se de "uma mistura equilibrada, recorrendo a resíduos de casca de ovo, casca de batata, relva e casca de arroz, com propriedades corretivas dos solos com défice de alguns nutrientes, nomeadamente cálcio", revela a investigadora.

O problema de como fazer aos milhares de toneladas de resíduos de casca de ovo produzidas por ano em Portugal e que não podem ser colocados nos aterros tinha sido colocado pela indústria nacional de ovoprodutos (produtos resultantes da transformação dos ovos). Três anos mais tarde, e após vários estudos e experiências, os investigadores de Coimbra chegaram a uma mistura equilibrada a partir da compostagem.

"O processo da compostagem tem vindo a ganhar relevância nos sistemas de gestão de resíduos urbanos e industriais, sendo possível criar condições para que o calor libertado permita atingir temperaturas termofílicas (superiores a 40 graus), fundamentais para obter um material humidificado e sem contaminação microbiológica relevante", explica a coordenadora da pesquisa, Margarida Quina.

Os investigadores monitorizaram as reações bioquímicas em reatores laboratoriais, através de variáveis, por exemplo a temperatura, a concentração de oxigénio, humidade e a matéria orgânica, entre outras. No final, os compostos produzidos são avaliados, no mínimo, em relação à sua composição química, estabilidade e fitotoxicidade.

A solução agora encontrada permite, assim, "resolver o problema dos resíduos provenientes da indústria de ovoprodutos" e, por outro lado, "combinar quatro resíduos com propriedades complementares, de modo a obter um material que pode, em larga medida, substituir aditivos químicos habitualmente usado como corretivos de solos", esclarece a mesma investigadora.

O estudo vai agora entrar na fase da análise da interação do composto com o solo, ou seja, os investigadores vão avaliar o comportamento do solo ao novo aditivo.

Fonte: Vida Económica
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