terça-feira, 8 de maio de 2012

Ciência portuguesa é pouco competitiva a ir buscar dinheiro à Europa

:: Ciência portuguesa é pouco competitiva a ir buscar dinheiro à Europa ::

A ciência portuguesa ainda não é competitiva o suficiente para ir buscar dinheiro às bolsas europeias, frisou nesta terça-feira de manhã a secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, no encontro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Na reunião chamada Ciência 2012 Portugal – Caminhos de excelência em ciência e tecnologia, que serviu para homenagear cientistas portugueses que se têm ganho prémios em concurso internacionais, Leonor Parreira pediu à comunidade científica para se tornar mais competitiva no recrutamento de dinheiro vindo das bolsas europeias. Deu como exemplo do Sétimo Programa-Quadro da União Europeia, cuja contribuição portuguesa foi de 450 milhões de euros e que Portugal só conseguiu recrutar 300 milhões. “Estamos abaixo dos países de referência em termos de número de candidaturas. Toda a comunidade tem de perceber que tem de concorrer a todas as oportunidades de financiamento”, disse aos jornalistas.

Na abertura do encontro, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, revelou depositar “uma grande confiança nos cientistas”, que “constituem uma fonte de esperança para o futuro”. A economia portuguesa, sublinhou ainda, precisa do ”estímulo vindo da inovação”.

Esta ligação entre a produção científica e a inovação no tecido empresarial deverá manifestar-se nos programas de doutoramento que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a principal financiadora do sistema científico português, vai anunciar em breve. “Vamos já avançar com concursos de programas doutorais que juntem, por um lado, universidades e unidades de investigação e empresas por outro”, disse aos jornalistas, ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.

Os novos programas doutorais serão da responsabilidade das universidades e das instituições, mas Leonor Parreira explica que há um incentivo por parte da FCT para que “tenham componentes formativas para os doutorandos, de forma a prepará-los para uma entrada rápida nas empresas uma vez acabado o doutoramento”, disse ao PÚBLICO. “Queremos incentivar essa cooperação e apoiar programas com qualidade formativa de alto nível que serão avaliados.”

Outro programa da FCT destacado pelos governantes é o do Investigador FCT, que arranca este ano, com 80 bolsas para atribuir a cientistas portugueses e estrangeiros e que fomenta a autonomia destes cientistas. “O programa tem um começo modesto, para o ano terá mais 400 lugares abertos. Queremos que vá ter um número estacionário, de 1000 a 1200 investigadores FCT”, revelou Crato.

Estas apostas acontecem numa altura em que o Orçamento do Estado (OE) para a ciência para 2012 foi o mais baixo desde 2006. Apesar disso, Leonor Parreira argumentou durante o seu discurso que, se a execução do OE alcançar os 95%, o dinheiro gasto em ciência manter-se-á semelhante. “Apelei a um esforço colectivo não apenas das instituições, mas também da FCT para executar ou fazer uma gestão eficiente, para conseguirmos manter no sistema nacional de ciência e tecnologia o financiamento global idêntico ao do ano do passado”, disse ao PÚBLICO.

O encontro encerra ao final da tarde desta terça-feira com um discurso de Nuno Crato. Pelas sessões passaram nomes como Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, Rita Marquilha, do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, ou Bruno Silva-Santos, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, três cientistas portugueses que ganharam nos últimos anos as maiores bolsas de investigação europeias, do Conselho Europeu de Investigação. Para o ministro, este encontro é “uma montra da grande ciência que se faz no país”.

Fonte: CenárioMT
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