segunda-feira, 14 de maio de 2012

Conselho Nacional para o Empreendedorismo e Inovação toma posse

:: Conselho Nacional para o Empreendedorismo e Inovação toma posse ::

Pedro Passos Coelho vai presidir ao Conselho Nacional para o Empreendedorismo e Inovação (CNEI) que é composto por 15 especialistas que foram hoje empossados, numa cerimónia no Centro Cultural de Belém.

O CNEI tem como principal missão aconselhar o Governo em matérias relacionadas com a política nacional para o empreendedorismo e para a inovação, com especial enfoque na orientação das áreas e dos setores prioritários no âmbito destas políticas, assim como, a articulação nas áreas da inovação, do empreendedorismo e da investigação aplicada, que forem executadas no âmbito do Programa Estratégico +E+I, também hoje apresentado.

Na cerimónia, Pedro Passos Coelho lembrou que esteve igualmente presente na tomada de posse do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCT) e que durante algum tempo «o Governo ponderou se deveria constituir uma estrutura única comum que juntasse a Ciência e Tecnologia ao Empreendedorismo e Inovação», isto «porque nós esperamos que a lógica de funcionamento destes dois Conselhos esteja muito interligada», afirmou.

Pedro Passos Coelho justificou a necessidade da interligação, referindo que: «do que é que vale termos um grande avanço em matéria tecnológica e cientifica se depois não tivermos empreendedores que saibam impulsionar esse progresso científico» e «de que interessa gente ambiciosa que toma riscos e que quer empreender e depois não ter talento, nem metodicamente trabalhado para acrescentar valor e para inovar sobre aquilo que já existe».

O Primeiro-ministro aproveitou ainda a ocasião para falar da perda de competitividade de que Portugal sofre. «Sabemos que a doença de falta de competitividade de que padecemos, e a economia portuguesa padece dessa doença há pelo menos 40 anos, está também a atingir outros países europeus e outras economias de grande dimensão».

Neste sentido, disse Passos Coelho: «se nada for feito de profundo na alteração das estruturas económicas, a Europa continuará, com exceção assinalável da Alemanha, a perder competitividade e irá bater contra uma parede dentro de alguns anos».

«Essa é a razão por que nós precisamos de acompanhar este esforço europeu de reforma estrutural», referiu. Uma reforma estrutural que passa por lançar as sementes para o futuro, ou seja, apostar mais no empreendedorismo e na inovação, mas para isso, disse o Primeiro-ministro tem de se alterar a cultura portuguesa de aversão ao risco.

«A generalidade dos nossos jovens licenciados que têm hoje um nível de qualificações muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na historia portuguesa, preferem ser trabalhadores por contra de outrem do que empreendedores. E esta cultura tem de ser alterada como tem de ser alterada esta ideia de que tudo o que nasce, toda a start-up tem de ser um sucesso. O sucesso também se faz com o insucesso», afirmou Passos Coelho.

Referindo-se aos desempregados portugueses, o Primeiro-ministro disse ainda que: «estar desempregado não pode ser para muita gente, como é ainda hoje, um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, uma livre escolha e uma mobilidade da própria sociedade. Nós não temos emprego para a vida inteira, como não temos empresas para a eternidade».

Para Passos Coelho a capacidade de gerar emprego e acrescentar valor às empresas depende da introdução de «maior dinamismo e uma cultura de risco e de responsabilidade, seja nos jovens, seja na população em geral».

Para além disso, explicou como deverá ser o modelo futuro para garantir o crescimento económico. «Tem de ser o de acrescentar valor, que só pode vir da inovação e de um maior casamento com a tecnologia e a investigação».

Passos Coelho sabe que para isso «há um certo nível de bem público na investigação», no entanto, «também aqui a Europa tem muito que inovar, porque não pode só colocar os meios públicos do lado da investigação, tem que ter também uma participação crescente do capital privado na aposta da investigação», afirmou.

Por fim, e dirigindo-se aos membros do CNEI, o Primeiro-ministro referiu: «temos muitas expectativas sobre aquele que pode ser o vosso conselho para as políticas públicas que ajudem a promover não apenas uma maior disciplina e método na área da tecnologia e da investigação, mas também ao nível do empreendedorismo e da inovação».

Para além dos quinze especialistas, o CNEI é também composto por um representante do CNTC, por membros do Governo responsáveis pelas áreas da Economia, Educação e Ciência, Juventude, Solidariedade e Segurança Social, assim como, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI).

Membros do CNEI:
  • Eduardo Marçal Grilo, Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian. 
  • Emídio Gomes, Pró-Reitor da Universidade do Porto. 
  • Francisco Veloso, Professor da Universidade Católica. 
  • Joana Vasconcelos, artista plástica e empreendedora. 
  • João Picoito, Responsável da Nokia-Siemens para a Europa do Sul, Europa de Leste e Europa Central. 
  • José Epifânio da Franca, Presidente da Sociedade Capital de Risco Pública. 
  • Luis Portela, Presidente do Conselho de Administração da Bial. 
  • Miguel Pina e Cunha, Diretor Académico do Lisbon NBA. 
  • Miguel Pina Martins, Presidente da Aqua F. 
  • Rui Paiva, Administrador da Sonaecom. 
  • Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud. 
  • António Murta, Diretor da Pathena. 
  • Carlos Moreira da Silva, Presidente da COTEC Portugal. 
  • Joaquim Sérvulo Rodrigues, CEO da Espírito Santo Ventures. 
  • Norberto Guimarães, Gestor de Produto Sénior na Google.


Fonte: TVCiência

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