quinta-feira, 10 de maio de 2012

Negócios: como financiar uma ideia

:: Negócios: como financiar uma ideia ::

Com a crise económica a agudizar, os bancos estão cada vez mais a apertar o financiamento às empresas, e muitos empreendedores estão a ficar com cada vez mais dúvidas sobre como angariar dinheiro para abrir o seu negócio.

Os business angels são investidores individuais de capital de risco e "investem, diretamente ou através de sociedades veículo, no capital de empresas com potencial de crescimento e valorização. Além do investimento monetário, contribuem, também, com conhecimentos técnicos ou de gestão bem como redes de contactos", segundo o Guia Prático do Capital de Risco do IAPMEI. Estes investidores podem ser uma alternativa viável de financiamento aos bancos e o Dinheiro Vivo foi falar com Francisco Banha, presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels, Gonçalo Moreira Rato da Associação Portuguesa de Business Angels e Ricardo Luz da Invicta Angels para saber tudo sobre como os empreendedores podem financiar o seu negócio.

Tenho uma ideia de negócio, uma micro empresa, mas os bancos estão a cortar o financiamento. Quais são as alternativas? A primeira pergunta que um empresário deve colocar-se quando quiser abrir um negócio é qual o tipo de empresa que pretende abrir, explica Francisco Banha, presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA). “Diferentes fontes de financiamento aplicam-se a diferentes tipos de negócio. Temos actualmente um mercado amadurecido que disponibiliza financiamento praticamente sob as mais diversas formas. Por vezes a oferta pode não corresponder à procura mas essa é a falha que devemos procurar colmatar ao chamar a atenção para as medidas que devem ser implementadas”.

Ricardo Luz, presidente da Invicta Angels, afirma que a situação económica actual não está a ajudar porque “os bancos estão a cortar o financiamento às empresas, em geral e em especial às empresas de menor dimensão, e entre estas as start-ups que têm ainda maiores dificuldades, pois não tem histórico de negócio nem resultados passados que garantam alguma segurança às entidades financiadoras”. O responsável pela associação portuense aponta que a “solução terá que vir, cada vez mais, dos promotores, que terão que ser capazes de atrair capital para o seu negócio, seja o seu próprio ou de familiares e amigos, ou de terceiros, onde se incluem os business angels”.

“As alternativas são obter um financiamento através dos business angels ou de empresas de capital de risco. Para uma ideia de negócio ou uma start-up os business angels são a melhor alternativa até porque podem ajudar na gestão da empresa ou do negócio” explica ao Dinheiro Vivo o presidente da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA), Gonçalo Moreira Rato.

Francisco Banha diz também que além do financiamento bancário existem outras ferramentas que podem constituir uma solução: O leasing que “pode assumir um papel muito importante na flexibilização de custos de viaturas, equipamento informático ou outros equipamentos, como o software; o micro-crédito é adequado para empreendedores que pretendem criar o seu posto de trabalho e faz parte da oferta de muitos bancos, estando disponível para quem mostrar competências na área de actividade que quer implementar; e o capital de risco faz também parte do leque de opções, nomeadamente os investimentos de baixo montante que são disponibilizados pelos mais de 500 business angels portugueses. Esta é uma opção limitada a um grupo muito restrito de empresas que apresentam um potencial de crescimento que compensa o risco do investimento em fases muito iniciais (e imprevisíveis) de desenvolvimento".

Existem linhas de crédito do Governo?
"As iniciativas de que tenho melhor conhecimento são especialmente dedicadas à criação de emprego e visam sobretudo desempregados e jovens que procuram criar o seu posto de trabalho e que acreditam nas suas competências”, começa por explicar o presidente da FNABA que aponta duas soluções: 1 - A linha protocolada entre a Caixa Geral de Depósitos, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), as Sociedades de Garantia Mútua (SGM) e a Sociedade de Investimento (SPGM) que permite financiamentos bonificados de 7 anos até 100 mil euros, Microinvest e Invest+.

2 - O FINICIA Jovem, do Instituto Português da Juventude que “permite a concessão de micro crédito até 25 mil euros com taxas de juro atractivas a jovens desempregados ou “sub-empregados” que preenchem uma série de requisitos que infelizmente correspondem a muitos jovens portugueses”. Gonçalo Moreira Rato explica que “através do COMPETE/QREN existem linhas de apoio ao financiamento dos business angels e do capital de risco”.

Ouço falar de business angels. Mas onde é que estão? Como é que consigo lá chegar?
“Se há 5 anos podíamos considerar os business angels quase como um “mito”, tão difícil era encontrar investimentos onde estes estivessem a participar, hoje só não os vê quem não os procurar”, afirma Francisco Banha, acrescentando que “o fundo de co-investimento criado para business angels e dotado de 42 milhões de euros está particularmente a mudar o comportamento destes e a fazê-los dar um destemido passo em frente, o que é visível nos 6 milhões de euros já investidos em 2011”.

O responsável da FNABA revela que os business angels que representa estão a investir “em diferentes sectores e regiões e com 36 milhões de euros para aplicar até 2013” e espera garantir “que todos os projetos que sejam apresentados a qualquer uma das sociedades veículo que foram criadas, 54 no total, ou às associações de business angels - ambas listadas no site da FNABA - e que apresentem uma equipa competente e uma proposta de investimento credível e ambiciosa tenham a oportunidade de obter o financiamento de que necessitam”.

O site da Invicta Angels é ideal para começar a procurar mais sobre business angels, afirma Ricardo Luz. “Os business angels estão hoje espalhados pelo pais, muitos deles organizados em associações, como é o caso do Invicta Angels, onde quarenta business angels seus associados, empresários e quadros superiores das principais empresas da região, em parceria com a Caixa capital - Sociedade de Capital de Risco e o Compete, gerem actualmente oito fundos de investimento, no total de seis milhões de euros, destinados a investir em empresas com elevado potencial de crescimento”.

Gonçalo Moreira Rato aponta o site da APBA "onde podem ser incluídos os projectos ou ideias de negócio no programa que temos específico para o efeito. Posteriormente o projecto será analisado pela Comissão de Gestão de Candidaturas e contactados os empreendedores”.

O responsável da FNABA, Francisco Banha, deixa também um conselho para os empresários que procuram este tipo de financiamento porque o mesmo “não se aplica a todas as empresas”. “É preciso ter uma proposta forte e um modelo de negócio adequado ao que estes investidores procuram. Por esse motivo o acesso a serviços profissionais proporcionados por empresas privadas, universidades, centros de empreendedorismo ou agências de desenvolvimento podem fazer a diferença não só no apoio na preparação do plano de negócios mas também na identificação do tipo de financiamento ou até dos investidores mais adequados a abordar”.

Fonte: Dinheiro Vivo
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