quinta-feira, 10 de maio de 2012

Portugueses criam vacina contra infeções nos recém-nascidos

:: Portugueses criam vacina contra infeções nos recém-nascidos ::

Um grupo de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) do Porto anunciou hoje ter desenvolvido uma vacina contra o principal agente causador de infeções nos recém-nascidos, o Streptococcus agalactiae, responsável pela septicemia e pela meningite.

O estudo científico, que já foi publicado na revista "PLOS Pathogens", foi liderado pela investigadora Paula Ferreira. Esta investigadora explicou à Lusa que, "por enquanto, a única forma de controlar esta infeção é a administração profilática de antibióticos às grávidas".

Muito embora este tratamento tenha conduzido a "um decréscimo significativo" na incidência global desta infeção no recém-nascido, o problema continua a ser "a principal causa de morbilidade e mortalidade neonatal, nomeadamente por septicemia ou meningite", salientou Paula Ferreira.

Neste contexto, e porque "a vacinação maternal representa uma alternativa atrativa à administração de antibióticos", a equipa do Laboratório de Imunologia do ICBAS tem vindo a estudar formas de combater a bactéria que se encontra presente no trato genital feminino.

Aliás, segundo a investigadora, "várias vacinas já foram propostas, a nível mundial, mas carecem de universalidade, uma vez que não conferem proteção para todas as bactérias desta espécie".

O projeto do grupo de investigadores do ICBAS conseguiu, pela primeira vez, desenvolver "uma vacina capaz de combater todas as bactérias do agente infecioso".

Quando a vacina foi testada num modelo animal, "verificou-se que os nascidos de mães vacinadas estavam protegidos da infeção, ao contrário dos ratinhos nascidos de mães não vacinadas", explicou Paula Ferreira. O artigo publicado na revista "PLOS Pathogens" refere que a equipa do ICBAS usou como alvo uma proteína [a gliceraldeído-3-fostato desidrogenase], produzida por esta bactéria, que induz no hospedeiro a produção de um fator imunossupressor, a interleucina 10 (IL-10).

"Mostrámos ainda que a elevada suscetibilidade do recém-nascido à infeção por esta bactéria se deve à propensão do recém-nascido em produzir IL-10, que impede o recrutamento de uma célula imune, muito importante para a eliminação da bactéria, o neutrófilo", referiu a docente do ICBAS.

Por outro lado, a investigação concluiu que a vacinação materna impede esta produção de IL-10, permitindo o recrutamento do neutrófilo para os órgãos infetados, levando assim à eliminação do Streptococcus agalactiae. "Uma vez que a proteína usada na vacina é essencial ao metabolismo da bactéria constitui um alvo apropriado para o desenvolvimento de uma vacina global, pois todas as bactérias produzem esta proteína", acrescentou Paula Ferreira.

Fonte: DN
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